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Campanhas de cerveja e a representação da mulher

Skol, 2006

Skol, 2006

Itaipava, 2015

Itaipava, 2015

Itaipava 2015

Itaipava 2015

Skol, 2009

Skol, 2009

Itaipava, 2016

Itaipava, 2016

Skol, 2001

Skol, 2001

Itaipava, 2014

Itaipava, 2014

Skol, 1998

Skol, 1998

Skol, 2001

Skol, 2001

Itaipava 2015

Itaipava 2015

Skol, 2015

Skol, 2015

Itaipava, 2012

Itaipava, 2012

Itaipava, 2012

Itaipava, 2012

Itaipava, 2012

Itaipava, 2012

Skol, 2017

Skol, 2017

Skol, 2017

Skol, 2017

Skol, 2009

Skol, 2009

Skol, 2005

Skol, 2005

Skol, 2005

Skol, 2005

Skol, 2005

Skol, 2005

Itaipava, 2012

Itaipava, 2012

Skol, 2004

Skol, 2004

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Pesquisa qualitativa

  • Foto do escritor: Fernanda Joppert
    Fernanda Joppert
  • 5 de jun. de 2018
  • 4 min de leitura

Atualizado: 20 de jun. de 2018

Qual a opinião de mulheres consumidoras de cerveja a respeito das campanhas veiculadas?


As pessoas selecionadas para a entrevista foram 6 mulheres, de 18 a 27 anos, classe social AB, representantes das três grandes áreas do conhecimento: exatas, humanas e saúde. A escolha da utilização de mulheres se deu pela necessidade em obtermos uma visão feminina em torno da temática: “a utilização da imagem feminina nos comerciais”; A opção de idade de 18 a 27 anos e classe social AB é devida ao público alvo das campanhas de cerveja. E por fim, representante das diferentes áreas de conhecimento para ter diversidade de opiniões e formações na abordagem do assunto.


Depois de analisar as respostas de todas as entrevistas, algumas conclusões foram tiradas. Até que a pesquisa fosse iniciada, nenhuma das mulheres interrogadas sabiam qual era o tema do estudo. Ao começarmos, 4 das 6 entrevistadas (66,67%), ao identificarem se tratar de campanhas de cerveja mencionaram espontaneamente que perceberam estar melhor hoje em dia, inclusive mencionaram a Skol que está com uma vertente de inclusão e diversidade.


A primeira campanha apresentada é intitulada “Skol Pilsen”, de 2005, traz a ideia que se “o cara que inventou” determinado objeto bebesse Skol, tudo seria diferente. Ao ver a campanha, todas as entrevistadas se espantaram com o conteúdo machista e afirmaram que anos atrás o padrão era bem diferente. Para 2 das 6 mulheres que participaram da pesquisa consideraram essa a pior de todas as campanhas.


A segunda peça foi uma da Itaipava de 2014. Foi mencionado que mesmo que a veiculação tenha sido quase 10 anos depois da peça mostrada da Skol, ainda mostra muito machismo. Todas falaram não fazer sentido ter uma mulher de biquíni, que não parece estar bebendo a cerveja, apenas apresentando-a e a mulher estar mais destacada que o próprio produto que eles pretendem vender. Mencionaram o fato de mulher também beber cerveja e nas propagandas que são consideradas machista por elas, a mulher nunca está consumindo. Geralmente com pouca roupa para chamar a atenção dos homens ou na posição de servir a cerveja, parecendo estar lá para servir as vontades dos homens.


Uma das peças mais polêmicas da Skol, “esqueci o não em casa” que gerou muita repercussão e uma retratação da marca e promessa de comportamento para a inclusão e diversidade, não foi a que foi considerada mais machistas pelas entrevistadas. Ao comparar com a outra peça da Skol, de 2005, todas afirmaram que a primeira é mais antiética por ser mais explicita e a peça em questão fica nas entrelinhas e só quem está mais antenada nesses assuntos que percebe a insinuação, a falta de direito de opinião das mulheres e apologia à cultura do estupro. Para elas, a campanha de 2005, por ter fotografias e por ser visual, mais explícita, é mais machista e pior aos seus olhos.


A quarta peça mostrada foi a “Faça sua escolha” da Itaipava e foi uma das campanhas que mais desagradou e foi considerada, a mais machista de todas por mais de 60% delas (4 das 6). Ao mostrar as peças dessa campanha, foram feitos questionamentos sobre a campanha ser real ou de como pode ser sido aprovada. Ainda ouvi exclamações de surpresa “nossa!” e desaprovações “afff”. Uma das entrevistadas ainda afirmou “nossa, a Itaipava é péssima!”. Ao ver essa peça, metade delas mencionou que a Itaipava ainda utiliza a mesma modelo até hoje e é a que mais insiste na utilização da imagem da mulher nas campanhas.


Em relação à campanha Reposter, que foi a campanha de retratação da Skol após assumir seu passado machista, agradou mais que as outras à todas as entrevistadas. Porém, metade delas achou forçado, para querer mostrar mudança. 2 mencionaram que mesmo sem ser de forma sexualizada, ainda utilizam a imagem da mulher, atrelando a mulher à campanha sem estar em seu ambiente social de forma natural, como é feito com homens. 2 delas acham que as frases utilizadas nas imagens são clichês, que apesar se serem boas e importantes, são para chamar a atenção de feministas e acabam perdendo o sentido, pois são usadas em toda a parte, por modismo. Mas todas acharam mais agradável de se ver.


Todas mencionam, na campanha de 2016 da Itaipava, que não houve mudança. Ela apenas está um pouco mais vestida. A frase que aparece no fundo com o escrito “gostosa” ao lado da modelo, em letras grandes torna muito ambíguo, se referindo tanto para a cerveja quanto para a mulher. E isso torna muito machista.


Na última de 2017 da Itaipava, que não aparece mulher, todas disseram acreditar que assim deveriam ser todas as campanhas. Sem mulher. Elas afirmaram que não faz sentido a utilização da mulher, muitas vezes mais destacada que o próprio produto, para vender cerveja. Tanto homens quanto mulheres consomem. Assim, fica atrativo para os dois públicos. Mas muitas ainda mencionam que veem na televisão que a Aline Riscado ainda é protagonista das campanhas, que ainda é utilizado. Mas apesar de ainda ter propagandas apelativas, comemoram o fato de já existirem peças em que a mulher não seja objetificada.


Pontos que foram mencionados e considerados importantes nas análises das campanhas:

O uso exagerado do Photoshop. Foi falado que a modelo da Itaipava não é assim em outras fotos fora das campanhas. Ou seja, veio à tona a necessidade de criar uma mulher perfeita. Também foi mencionado por mais da metade das entrevistadas a idealização do corpo perfeito, a utilização de um só estereótipo de mulher e criação de um padrão de beleza que é irreal e frustrante para as mulheres reais.


Algumas levantaram a questão de que hoje em dia a mentalidade é muito diferente, que existe muito mais acesso a informação e conhecimento do feminismo. Mesmo para elas, essas campanhas pareciam, no passado, normais por uma questão cultural. Mas que isso está mudando e hoje não aceitam mais esse machismo.


Uma das entrevistadas questionou se mulheres participavam da criação/ aprovação das campanhas pois parece ser feita apenas por homens. Ao analisar a ficha técnica, foi constatado que a grande maioria era de homens mas que havia a presença feminina.



6 entrevistadas. Amanda, Ana Clara, Ana Luiza, Juliana, Nathália e Thais.

Um agradecimento especial às 6 meninas que participaram da pesquisa, foram muito solícitas e me ajudaram imensamente. Obrigada!

 
 
 

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Blog criado como produto de monografia de Publicidade e Propaganda com o objetivo de abordar a temática da evolução do conteúdo machista de duas marcas de cerveja, Skol e Itaipava, no século XXI.

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